Cada vez que
sorris a alguém, realizas um acto de amor"
Madre Teresa De Calcutá.
Madre Teresa De Calcutá.
Relembrando o
primeiro congresso sobre A vida e A Morte, em Novembro de 1996
Franck
Ostassesk. alerta-nos para não nos tomarmos por salvadores.
Sabermos
distinguir utilidade e identidade.
Devemos estar
atentos aos sentimentos de poder...
Vamos reflectir
sobre estes passos importantes que nos podem ajudar a compreender certas
reacções do paciente e certas insatisfações do acompanhante .
Tantas vezes a nossa
posição, pelo que somos, pela profissão que desempenhamos ou pelo cargo que
assumimos no seio de uma equipa leva-nos mesmo a compreender certas reacções
que muitas vezes esmagam todo o trabalho que o paciente procura fazer para
viver como qualquer outra pessoa com as capacidades que tem.
Lembro-me daquele paciente que conseguiu um carrinho para se deslocar sozinho.
A alegria que ele teve quando pela primeira vez foi capaz de ser "independente" depois de dois anos de luta.
Ele dizia: "Já não sou um coitadinho"
”O que mais me custa, é que olhem para mim, e ver na cara das pessoas, ou entender por palavras ou até por gestos a reacção que causa nos outros as pernas que não tenho...”
Muitas vezes palavras que até parecem piedosas são inadequadas.
Lembro-me daquele paciente que conseguiu um carrinho para se deslocar sozinho.
A alegria que ele teve quando pela primeira vez foi capaz de ser "independente" depois de dois anos de luta.
Ele dizia: "Já não sou um coitadinho"
”O que mais me custa, é que olhem para mim, e ver na cara das pessoas, ou entender por palavras ou até por gestos a reacção que causa nos outros as pernas que não tenho...”
Muitas vezes palavras que até parecem piedosas são inadequadas.
Lembro-me de uma doente que um dia me perguntou se voltaria a
caminhar.
Muitas vezes os enfermeiros são confrontados por perguntas directas, olhos nos olhos.
Foi o que aconteceu comigo.
Perante tal pergunta disse-lhe a verdade, que
não caminharia mais...
E ela reforçou a pergunta:
-Nem mesmo com a minha bengala?
disse, não...
Muitas vezes os enfermeiros são confrontados por perguntas directas, olhos nos olhos.
Foi o que aconteceu comigo.
Perante tal pergunta disse-lhe a verdade, que
não caminharia mais...
E ela reforçou a pergunta:
-Nem mesmo com a minha bengala?
disse, não...
Depois de ter respondido,
fiquei um pouco incomodada, a paciente deu conta...
E avançou na conversa dizendo: Eu não fiquei triste com a resposta que me deu, mas ficaria triste se me tivesse mentido, porque eu sei a verdade.
Os pacientes esperam de nós honestidade nos nossos cuidados, esperam profissionalismo e também humanismo.
Um relacionamento verdadeiro.
Utilia FerrãoE avançou na conversa dizendo: Eu não fiquei triste com a resposta que me deu, mas ficaria triste se me tivesse mentido, porque eu sei a verdade.
Os pacientes esperam de nós honestidade nos nossos cuidados, esperam profissionalismo e também humanismo.
Um relacionamento verdadeiro.
Admiro muito as pessoas que cuidam de doentes, não os médicos de bata branca e atitude impessoal mas os outros, os enfermeiros e voluntários que estão sempre presentes quando o doente precisa. A esses Deus capacita e dá forças para aguentarem tanto sofrimento alheio, sempre com uma palavra amiga para quem o sofre.
ResponderEliminarBem haja, amiga Utilia, pela profissão que abraçou.
Bj
Um óptimo exemplo da responsabilidade que as palavras contêm. No que toca à última parte, se se tivesse optado pela mentira, a senhora poderia perder a confiança nos profissionais que cuidavam dela e talvez de outros que se seguissem, o que impediria a progressão da relação terapêutica e futuras intervenções. É certo que por vezes se opta por não ouvir a verdade, mas a meu ver, sempre é preferível a verdade à mentira.
ResponderEliminarE é nesse jogo de palavras que se vão vivendo alegrias e tristezas.
Beijinhos
amiga
ResponderEliminarOs médicos cuidam dos doentes, e há de tudo aqueles que investem a fundo e aqueles que investem menos assim como os enfermeiros mas tanto médicos como enfermeiros como a assistente social a psicóloga, auxiliar, a mulher de limpeza todos contribuem para que o paciente passe os seus dias no hospital o melhor possível e encontre o seu estado de saúde ou se encontre melhorado nas suas capacidades, recuperando uma certa autonomia e curando a sua doença se possível.
Por vezes também para morrer com mais dignidade.
Tudo isto é e deve ser um trabalho de equipa.
Obrigada amiga
Amiga Sara : Sempre a verdade, mas com muito amor e se possível com tempo e por etapas.
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