OUTONO
Quando os números já não são matemática.
Nem as flores palavras.
Nem a alma conhece o destino
Nem o pensamento opina?
É a Vida, eu sei.
E as folhas do Outono que teimam em cair…
Caiem como meteoros desfragmentados,
Contra as paredes do destino.
Retornando ao solo que as absorve.
É a Vida, eu sei
E as folhas do Outono que teimam em espalhar-se…
Resta-nos sim, algo…”Aquela Força”. Que as move.
Ver aquelas árvores abanando os restos dum Verão Escaldante
Sobre a Terra que as ampara, não deixa de ter o seu sentido.
É a Vida, eu sei
E as folhas do Outono que teimam em encontrar-se…
Frágeis… sofrendo dignamente os abanões do Outono.
E aquelas pérolas de seiva que correm dentro das recordações,
Aonde passaram?
Sim, eu sei e vós também, todos sabemos é a Vida.
Folhas de tantas cores, nenhumas se parecem com a cor da saudade
Cansadas de estar no topo da árvore caiem por terra.
E ilesos para verem as folhas caírem,
E sentirem a luz terna do sol, baixando no horizonte,
Resta-nos sim, algo …”Aquela Força”.
E as folhas do Outono deixam um segredo: as Primaveras voltarão com outros rebentos:
Utilia Ferrão
Aquele estado da vida
antes de chegarem outras Primaveras...
Poema retirado do
blog DE MÃOS DADAS NA CAMINHADA
Utilia Ferrão
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Um sorriso... mesmo quando tudo e todos se esquecem que ainda vives.
Obrigada