terça-feira, 29 de maio de 2012

O TOM? É O MESMO


Pego na caneta de tinta preta
E nesta folha em branco,
Nascem rios de palavras envolventes.
E num ondular de ideias transparentes.

Saídos da torrente tumultuosa da minha mente.
Os silêncios afrontam em pensamentos
Privilegiados momentos...

Saberei eu amigos um dia,
Contar-vos o que os meus olhos vêm
 E os meus ouvidos ouvem

E o tudo sentir?

Ouçam bem
Falo-vos da vida,
Nela vivi, sempre dela cuidei
E nela morri para viver.

A vida é preciosa
E porque não tem preço
Apresso-me a senti-la, abraçá-la, acolhê-la.
A cada passo.

Neste instante pulsa-me o coração
Em sintonia com tantos outros
Ao mesmo ritmo e com o mesmo bater,

O tom? É o mesmo.

Mas este aqui é o de um bater mais lento.
Vem-me agora mais sentido,
Mais batido.

Oiço-te sim...

Ai se soubesses apreciar estes momentos
Em correntes de Água Viva,
O quanto o mundo dos teus mundos
Passaria de efémero a duradouro.

E porque é eterna esta verdade
Adormeço na margem deste rio,
Embalada pela água
Que canta e me leva na corrente.

Oh mente, caminha, navega, vai, sente.
Atravessa para a outra margem.
Leva contigo o teu destino

Utilia Ferrão





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