Pego na caneta de tinta preta
E nesta folha em branco,
Nascem rios de palavras
envolventes.
E num ondular de ideias
transparentes.
Saídos da torrente tumultuosa da
minha mente.
Os silêncios afrontam em
pensamentos
Privilegiados momentos...
Saberei eu amigos um dia,
Contar-vos o que os meus olhos
vêm
E os meus ouvidos ouvem
E o tudo sentir?
Ouçam bem
Falo-vos da vida,
Nela vivi, sempre dela cuidei
E nela morri para viver.
A vida é preciosa
E porque não tem preço
Apresso-me a senti-la, abraçá-la,
acolhê-la.
A cada passo.
Neste instante pulsa-me o coração
Em sintonia com tantos outros
Ao mesmo ritmo e com o mesmo
bater,
O tom? É o mesmo.
Mas este aqui é o de um bater
mais lento.
Vem-me agora mais sentido,
Mais batido.
Oiço-te sim...
Ai se soubesses apreciar estes
momentos
Em correntes de Água Viva,
O quanto o mundo dos teus mundos
Passaria de efémero a duradouro.
E porque é eterna esta verdade
Adormeço na margem deste rio,
Embalada pela água
Que canta e me leva na corrente.
Oh mente, caminha, navega, vai,
sente.
Atravessa para a outra margem.
Leva contigo o teu destino
Utilia Ferrão
Sem comentários:
Enviar um comentário
Um sorriso... mesmo quando tudo e todos se esquecem que ainda vives.
Obrigada