segunda-feira, 23 de abril de 2012


A DOR 
Para percebermos um bocadinho da dor em doentes terminais


A Dra. Maria Goretti Sales Maciel
Diz-nos que...

O conceito de dor hoje mundialmente usado é o da Associação Internacional de Estudos da Dor (IASP) e afirma que a dor é uma “Experiência sensorial e emocional desagradável, associada a dano presente ou potencial, ou descrita em termos de tal dano”. Este conceito avança na direcção de admitir que a dor é uma experiência única e individual, modificada pelo conhecimento prévio de um dano que pode ser existente ou presumido.

Neste sentido, a dor de um paciente portador de uma doença fora de possibilidade de cura pode ter uma conotação terrível pelo fato de lhe dizer  de  certa forma que a sua morte está a caminho.

Para algumas culturas, este sintoma também pode ser associado à expiação de culpa ou ser parte natural de uma doença, não podendo ser tratado com sucesso.

Portanto, admitir a importância do alívio da dor desde o início do tratamento de uma doença até as últimas horas de vida é condição fundamental para todos que trabalham com doentes em qualquer especialidade. O conhecimento do seu controle deve ser parte da formação obrigatória de todos os profissionais da área de saúde, sobretudo do médico, responsável pela prescrição de medicamentos imprescindíveis para o seu alívio.


NA MINHA OPINIÃO
A dor tantas vezes está presente vê-se mesmo sem que os pacientes falem
Vê-se no rosto deles nas palavras que dizem na forma como falam, nos gestos e nas atitudes, não falo só da dor física aquela que está localizada e se aponta  mas na dor  a outra aquela que se difunde confusamente entre o medo a solidão e  a angustia da morte e é essa dor que os enfermeiros, e outros cuidadores  apalpam quando cuidam de doentes terminais.


“Na década de 1960, a médica inglesa Cecily Saunders acrescentou ao conhecimento da dor o conceito de dor total, através do qual admite que uma pessoa sofre não apenas pelos danos físicos que possui, mas também pelas consequências emocionais, sociais e espirituais que a proximidade da morte pode lhe proporcionar. Saunders estabeleceu a importância de uma abordagem multidisciplinar e da presença de uma equipe multiprofissional para que se obtenha o máximo sucesso no tratamento dessa pessoa. De fato, ao abordarmos pacientes portadores de doenças evolutivas e sem possibilidade de cura, percebemos muitas vezes que em determinadas situações os medicamentos não são suficientes para proporcionar o completo alívio da dor maior de viver os últimos dias, de não entender por que está gravemente enfermo, de deixar filhos desamparados, separar-se de seu amor, de não poder sustentar sua família e de não conseguir compreender o real sentido para a sua vida.
A dor é primeiro Sentir.
Imaginá-la é precedê-la
Para todos é diferente.
Não há remédio maior que perceber
Verdadeiramente o que se sente.

A luz do Teu olhar
Ao sabor da alvorada
Vem em mim sempre a dor aliviar
Deito os olhos sobre o teu labirinto
Ligado ao firmamento fica o sentimento.
A brisa ligeira invade o Ser
E o vento arrasta -o
Para um novo amanhecer.

Mesmo quando tudo parece virtual
Até quando o bem parece mal
A vida continua...
Já o caminho se torna fútil.
Compreendi e passei ao Essencial
Pois a vida é trivial.
Caminhei lutei, suei, sonhei e deliberei
Eu sei a vida continua...

Utilia Ferrão
Em http://demaosdadasnacaminhada.blogspot.com

2 comentários:

  1. È mau ...muito mau,sentir dor. Mas para mim a maior dor é como dizer....a da alma, aquela que doi fundo...muito fundo.

    A da incompreensão, da intolerância, do desprezo, Essa sim é terrivel...

    Que Deus nos livre dela

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  2. Realmente estou de acordo é muito mau sentir a dor.
    E essas dores de que fala:
    A incompreensão, a intolerância o desprezo são realmente dores cujos remédios podem estar nas nossas mãos ou até nas mãos de certos familiares, mas se se consegue constatar essas dores e se fica de braços cruzados então isso é grave.
    O enfermeiro neste caso pode ser elo de ligação entre o desprezado e o que despreza entre o intolerante e o lesado,
    Também já vi casos difíceis que acabaram por trazer um certo equilíbrio.
    Obrigada pelo sua ajuda.

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Um sorriso... mesmo quando tudo e todos se esquecem que ainda vives.
Obrigada